Naquele dia em que a velhota atravessou as estrada B nº 25 e o rapazinho disse: EEHH OOOHhh, saí de casa na minha carrinha Turbo DIESEL 2.5cc intercooler ar condicionado mp3 dvd com egg3 2000 incorporada e mijas mijas tunings, para dar uma volta, e procurei pelo meu caro amigo Sr. Rodriglomeu. Fui buscá-lo a casa e decidi-mos procurar qualquer coisa, qualquer coisa que se chama café Concerto ao que Sr. Rodrigolomeu insiste em dizer que não existe, mas um dia ainda hei de lhe provar que o café Concerto existe e está lá. E vocês perguntam onde. Vocês: - Onde? Eu: - Pois. Também não sei.
Lá seguimos viagem mas o inevitável teve de acontecer. A capacidade extraordinária e chata que Sr. Rodrigolomeu tem de falar sem se calar um segundo que seja.
Como sempre, lá ia eu concentrado na minha condução perfeita e ele sempre a "cacarejar" que nem uma galinha.
Aqui fica um pequenino excerto de que me lembro:
Olha, lembraste do outro dia, de quando estávamos lá em cima nos balcões que se erguiam sobre toda aquela rua que passava à volta da avenida principal da praça do além e tu disseste que não te lembravas de quando tínhamos ido à fazenda do grande bate-chapas de Uma Pequena Aldeia para comprar aquelas ligas de cobre para ofereceres ao teu irmão mais novinho, naquela época natalícia em que passamos pelo Inverno mais terrivel e tenebroso de todos os Invernos que vimos passar nos últimos meses, depois do Verão em que te disse que mais valia viver dentro de um frigorífico durante todas a vinte e três horas do dia (sendo que uma última hora, aproveitá-la para o acto natural e inevitável de cada ser que possui um ânus) do que ir apanhar um escaldão na praia às custas de alguns escassos minutos de prazer e alegria, e disse também que ainda que a água da praia pudesse ser fresquinha, nada nunca se comparou ao interior de um frigorífico, e tu discordavas amarguradamente dizendo que nos pólos era bem mais fresquinho e eu discordei com desdenhe dizendo que os pólos não eram fresquinhos mas frescotes e tu disseste que a tua namorada esquimó dizia que era fresquinho e eu disse que a minha namorada das Áfricas dizia que era frescote e tu disseste que a tua namorada esquimó era mais forte e eu disse que a minha namorada das Áfricas era mais alta e tu disseste que a tua namorada esquimó era mais gorda e eu disse que a minha namorada era mais peluda e tinha um hálito extremamente forte e arrogante, e tu ias para dizer algo mais mas ficaste cheio de medo e calaste a boca que tinhas entre nariz e queixo e depois eu perguntei-te desde quando tinhas uma namorada esquimó e tu respondeste que desde que tinhas viajado para as torres do forte das montanhas do largo verdejante onde não havia lixo e reinavam lá músicas e cento e dois arco-íris, e depois perguntaste-me tu, desde quando tinha eu uma namorada das Áfricas e eu respondi-te que desde que tinha ido à mercearia lá da esquina que ficava naquela rua que passava à volta da avenida principal da praça do além que ficava sob os balcões que se erguiam sobre toda essa mesma, e depois tu disseste “mas isso à pouco, mesmo antes de virmos para aqui” e eu, com todo o fôlego e emoção que tinha em mim, disse “sim” e tu disseste “não vi nada” e eu, buscando todas as forças que me restavam, disse “sim” e tu disseste “então pronto” e eu disse “pois, cá estamos” e depois começou a chover chuva muito molhada em forma de gotas de água, a qual escorria pelos escorredouros como que um elefante que cantava o “Malhão”, lembraste disso????
Ao que eu respondi: - Ya.
Os acontecimentos desta história são baseados em factos reais e assistidos pelo próprio narrador.
Sr Arrenegadex
10/01/2009
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